Agro – O impacto do acordo de livre comércio do Mercosul e a União Europeia, no RS

Foi assinado na sexta-feira (6), um acordo de livre comércio, em Montevideo, que ainda precisa ser legalizado, traduzido e aprovado pelos Estados membros, mas que já provocou a discussão dos prós e contras aqui no Rio Grande do Sul.

Mesmo após de 25 anos de negociações, o acordo não sofreu modificações quanto a comercialização de produtos agropecuários, relatou o governo do pais. Os produtos como café e sete tipos de frutas do Mercosul, deverão entrar na União Europeia sem tarifação e cotas, como: abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maça.

A discussão aqui no Estado é sobre os ganhos e o que pode gerar “perdas”, ou ajustes, o que é tema de pauta da Fetag/RS – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS.

O segmento de proteína animal como as carnes Premium; e grãos, como soja, milho e arroz, vislumbram a ampliação de exportações. A exportação de frango, por exemplo, em 180 mil toneladas terá cota zero, para embarque na União Europeia; em 25 mil toneladas de carne suína, a cota é de 83 euros por tonelada, ao final de seis meses.

Já o setor de lácteos e vinhos do Rio Grande do Sul esboça certa preocupação diante da concorrência com produtos importados, pois das vendas de varejo 8% são de itens dos países do Mercosul.

O Sindilat – Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados, já iniciou o planejamento para que produtos como leite em pó, manteiga e queijo europeu reduzam a comercialização de produtos gaúchos.

Fonte: Correio do Povo.