Alimentação - Arroz pode se tornar perigoso para saúde
- Meta Notícias
- há 5 dias
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O arroz é prato diário na mesa de várias famílias pelo mundo, mas pode estar colocando em risco a saúde pela quantidade aumentada no nível de arsênio.
Este metal, em altas quantidades pode ser cancerígeno e o aquecimento global tem impactado a quantidade de dióxido de carbono na terra o que colabora para aumento de arsênio inorgânico no arroz. E como essa substância se acumula em plantações alagadas, como os arrozais, pode gerar transtornos para saúde como câncer (inclusive o de pele, bexiga e pulmão), doenças cardiovasculares, diabetes e problemas neurológicos em bebês.
Um estudo observou a reação de diversas espécies de arroz aos aumentos de temperatura e dióxido de carbono. Em diferentes regiões da China, foram analisadas 28 variedades diferentes, em 10 anos, os grãos acabam absorvendo mais arsênio a medida que o calor e o CO2 sobem, o que é altamente tóxico.
Embora aqui no Brasil a situação seja mais controlada, já que a Anvisa estabelece limites seguros para o arsênio no arroz, 0,20 mg/Kg no arroz branco e 0,35 mg/Kg no integral, e nas últimas avalições não acusaram anomalias, especialistas chamam atenção para o risco e monitorar é necessário.
Depois do arroz a principal fonte de exposição ao arsênio inorgânico é a água, já foi estimado que cerca de 140 milhões de pessoas no mundo bebam água com níveis acima dos limites recomendados pela OMS. Desta forma a maneira mais tradicional de cultivo, em campos alagados, agrava ainda mais este problema.
Entre as possíveis soluções que estão sendo testadas está a alternância de períodos de alagamento e drenagem dos arrozais, ou mudança de variedades que absorvem menos arsênio. Porém estas alternativas expõem a outros riscos como aumento de cádmio, que é tóxico também.
Na África Oriental, o cultivo do arroz é realizado com água da chuva, por apresentar níveis mais baixos de arsênio. Mas os grãos do Brasil, EUA, China e Sudeste Asiático, tem teores mais elevados.
Por isso os especialistas pedem uma atenção e monitoramento maior dos governos.
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