Comportamento – Eventos estranhos atacam a vida de crianças e adolescentes, e pedem atenção dos seus cuidadores
- Meta Notícias
- 24 de abr.
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Os casos de incidentes violentos, ou comportamentos agressivos, envolvendo crianças e adolescentes, com o uso de aplicativos digitais, se avolumam e fazem vítimas. Não dá mais para protelar, a atenção com a segurança de menores é urgente!
Vamos listar alguns casos, para exemplificar o assunto:
-Uma escola de Caxias do Sul (RS) ficou horrorizada com o ataque de adolescentes do 7º ano do fundamental, contra uma professora de inglês, em sala de aula. Ela sofreu 13 golpes de faca, causando ferimentos na cabeça, costas e pescoço e precisou ficar hospitalizada. Três alunos participaram da ação e foram encaminhados a FASE – Fundação de Atendimento Sócio-Educativo. As investigações continuam, mas tudo leva a crer que a ação foi premeditada, através de um grupo no instagram, chamado de “Matadores”, criado por eles mesmo, após serem chamados na direção por conta de uma brincadeira feita em sala de aula. O caso continua sendo investigado, mas já se sabe que houve premeditação.
-No Distrito Federal, uma menina de 8 anos, após participar de um desafio na internet, inalando desodorante aerossol, foi a óbito. Conforme familiar da criança “o jogo normalmente é proposto por pessoas que incentivam crianças e adolescentes a gravar imagens enquanto aceitam o desafio. Os vídeos têm milhares de visualizações”.
-Fora do Brasil, na Austrália, outro óbito por inalação de desodorante aerossol, fez outra vítima, Esra Haynes, sofreu uma parada cardíaca enquanto participava de uma festa de pijamas, participando de uma nova tendência nas redes sociais chamada "chroming", também conhecida como "huffing". A prática envolve a inalação de produtos químicos de latas de aerosol, como desodorantes, tintas metálicas, solventes, gasolina e outros produtos domésticos, para alcançar um efeito de euforia rápida.
-Em São Paulo, uma investigação da Polícia Civil detectou que um jovem de 16 anos, a pedido de um adulto em que interagia num aplicativo de mensagens, estuprava o próprio irmão de 5 anos, para produzir vídeos e fotos pornográficas. A vítima, de cinco anos, está recebendo suporte psicológico.
Especialistas de várias áreas que monitoram estes eventos, como o GEPEM - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral, da Unicamp, que tem como objetivo acompanhar eventos de violência extremista nas escolas traz dados de 2001 a 2014, onde ao menos 42 ataques ocorreram, mais da metade concentrados entre os anos de 2022 e 2024. E todos os meninos e meninas estão expostos, em seus dispositivos, a redes sociais e aos algoritmos, através de plataformas como Instagram e Discord, participando de fóruns online, chats de jogos e aplicativos de mensagens. As famílias devem estar atentas aos seus hábitos quando estão em casa com os filhos, pois estes repetem os padrões que acompanham. Se familiares estão utilizando celulares durante as refeições, por exemplo, estas práticas serão absorvidas de forma natural e repetidas, e o abuso do uso de telas vem muito deste tipo de ação. Primar pelo uso equilibrado, depende muito do uso moderado de dispositivos móveis e tempo de exposição a telas (também pode ser a TV) dos pais e cuidadores. As relações humanas estão modificadas por conta de maus hábitos, que interferem na forma como as pessoas se comunicam e interagem.

Canais de denúncias para crimes digitais:
-O Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, recebe denúncias sobre violações contra crianças e adolescentes, em ambientes online ou offline, por diferentes canais:
-Ligue 100;
-Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher);
-Acesse e envie mensagem pelo Telegram para o atendimento Direitos Humanos Brasil;
-Mantenha contato com o número (61) 99611 0100, via WhatsApp;
-Disque 100 Web;
-A Polícia Federal possui um canal de denúncias, o COMUNICA PF para os casos de crimes cibernéticos relacionados a abuso sexual infantil, quando houver repercussão internacional.
-No Brasil, uma das organizações mais atuantes da sociedade civil é a SAFERNET, que recebe denúncias de forma anônima, segura e gratuita.
Fonte: Agência Brasil, Folha de São Paulo, G1.




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