Crianças e Segurança – É necessário pensar na educação dos meninos
- Meta Notícias
- 24 de nov.
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Atualmente todos estão assistindo a uma correnteza de ataques contra crianças, por adultos, justo quem deveria proteger, o que acendeu um alerta vermelho na forma de pensar a educação dos meninos.
Eles crescem experimentando exigências contraditórias, devem ser sensíveis, mas não frágeis; fortes, mas não violentos; afetivos, mas discretos. Acabam aprendendo a esconder o que sentem, e a reagir de forma bruta com o que não entendem.
E isso tudo sem entrar no impacto das redes sociais, jogos, influenciadores, pornografia e o recado que passam sobre masculinidade. E a consequência está no adoecimento mental, e meninos adoecidos, podem virar adulto problema, cheio de questões mal resolvidas.

As meninas precisam ser “empoderadas”, mas será que os meninos estão prontos para reagir de forma saudável a isso? Talvez eles precisem ser preparados, educados, e isso vem desde a infância. A desigualdade de gênero é ensinada, depois repetida e naturalizada.
Para um futuro menos violento para as crianças, precisamos conversar sobre corpos, limites, consentimento, respeito, empatia e afetos.
Temos que sair da linha "ou uma coisa ou outra". Por exemplo, “sejam homens de verdade”, não quer dizer que sejam insensíveis e duros, ou que tenham que disfarçar o que sentem. E neste impasse, sem poder dizer como se sentem, acabam ferindo meninas e se ferindo.
E na correria de sobrevivência dos pais, que chegam exaustos em casa, quem está sempre do lado e educa é a internet. O sistema diz que ser vulnerável é uma vergonha, e a frase “engole o choro”, pode desencadear depressão, ansiedade, violência e agressividade.

Assim como os meninos não podem ser sinônimo de violência, as meninas com o feminismo não podem ser sinônimo de repulsa aos meninos. Senão isso vira um combate.
Os meninos NÃO aprendem:
-Meninos não vão ao urologista, não conhecem o corpo.
-Sabem pouco do corpo e menos ainda do corpo do outro.
-Ouvem que homens não precisam de médico ou de escuta.
Mas eles precisam ser ensinados, como fazemos com as meninas, para ter conhecimento e aprender a ter empatia.
É uma urgência social educar meninos. Libertar de modelos que adoecem, permitindo que sejam inteiros: sejam vulneráveis sem medo, afetivos sem vergonha e fortes, sem precisar dominar.
Fonte: Instituto Racionalidades.




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