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Educação - Brasileiros com ensino superior triplicam, mas 35,2% não conclui fundamental.


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Dados do IBGE mostram que brancos ainda têm mais acesso.


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A porcentagem da população brasileira com ensino superior completo praticamente triplicou nas duas últimas décadas, de acordo com novos dados do Censo 2022 sobre educação, divulgados nesta quarta-feira, (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora ainda esteja distante da média dos países europeus.


Essa é a segunda divulgação sobre educação do Censo 2022. Em maio do ano passado, o IBGE publicou as informações sobre alfabetização. Agora, ele apresenta os dados sobre a escolaridade média dos brasileiros. Esse é um questionário amostral, em que participam 10% da população, mas de forma com que seja representativo para todo o país.


A redução do percentual de brasileiros sem instrução ou com ensino fundamental incompleto reflete avanços na busca pela universalização do ensino básico nas últimas duas décadas. Em 2000, quase dois terços da população acima de 25 anos não tinham concluído essa etapa da educação.


"Em 22 anos, tivemos uma evolução surpreendente; o número de pessoas com nível superior completo praticamente triplicou e o número daquelas com ensino médio completo chegou a dobrar", afirmou o pesquisador Bruno Mandelli, do IBGE. "Mas, sim, o grupo dos graduados ainda é minoritário, abaixo dos 20%. No grupo dos mais envelhecidos, o acesso à educação foi mais difícil na juventude; e isso ainda tem um peso considerável na porcentagem final."


Fazendo uma análise por cor e raça dos dados do Censo 2022, é possível perceber que os brancos ainda têm mais acesso ao ensino superior que os pretos e pardos.

Completaram o ensino superior:

• 25,8% dos brancos

• 11,7% dos pretos

• 12,3% pardos


Vale destacar, no entanto, que o avanço do acesso da população negra ao ensino superior foi mais intenso que entre o dos brancos nas últimas duas décadas. O percentual da população branca com nível universitário completo cresceu 2,6 vezes no período (era 9,9% em 2000). Já a parcela de negros com ensino superior cresceu cerca de cinco vezes. O percentual de pretos com ensino superior completo era de 2,1% em 2000, enquanto o de pardos era 2,4%, segundo o IBGE.


A única faixa etária em que foi registrado um recuo na frequência escolar foi a dos 18 ao 24 anos: de 31,3% para 27,7%. De acordo com os pesquisadores o dado não é necessariamente ruim: isso aconteceu porque caiu o número de jovens dessa faixa etária ainda no ensino fundamental e médio.


"Isso diz mais sobre a composição dos jovens dessa faixa etária que estavam no ensino médio ou fundamental em 2000, o que deixava o dado inflado, e não porque estavam no ensino superior", explicou a pesquisadora do IBGE Juliana Souza, que apresentou os resultados.


Fontes: Folha de Pernambuco e UOL.

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