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Educação – Episódio de Bullying em escola de Minas do Leão, acende alerta sobre o tema

Imagem Ilustrativa.
Imagem Ilustrativa.

Um desabafo em rede social, de um menino de 12 anos, sobre os ataques de bullying que vem sofrendo, em uma escola de Minas do Leão, acende um alerta sobre como as instituições de educação vem tratando o tema.


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Vamos entender primeiro o que é bulllying, que é um ato de violência, entre pares, com um padrão repetitivo de comportamento agressivo no qual a vítima é alvo de ataques persistentes, que causam consequências negativas a todas as pessoas envolvidas.


Diferente de uma brincadeira entre colegas, que é uma interação saudável, do que de uma agressão com intenção, que provoca sofrimento e incômodo em outra pessoa, que é chamado de bullying, onde estão envolvidos a humilhação, agressão repetida e desequilíbrio de poder.


A redação conversou com a mãe do menino, que desabafou sua dor em rede social, e ela comentou que tudo começou no início deste ano.


- Desde o início do ano vem acontecendo, mas no início a diretora, vice e psicóloga da escola conversaram com os colegas, mas piorou a situação. Já houve um episódio em que ele foi despido na quadra da escola, baixaram as calças dele. E depois vieram os empurrões e chacota como ficar chamando ele de “quatro olhos”, por usar óculos.

 

O filho desta mãe, foi diagnosticado com déficit de atenção e sofre de epilepsia. E embora tenha todos os atendimentos no Município, como psicólogo e psiquiatra, pelo Ament; neuro psicopedagoga no Ciapeg; acompanhamento na escola e neurologista em Porto Alegre ela disse que o filho está mal, e não consegue mais frequentar a escola.

 

Em contato com a Secretária Municipal de Educação, Acília Rusch, ela informou que os procedimentos que cabem a este tipo de situação estão sendo tomados.

 

- O que posso dizer é que as escolas do Sistema Municipal de Ensino de Minas do Leão desenvolvem projetos voltados à conscientização dos alunos, com relação aos temas importantes como respeito que norteia as ações de todos dentro da escola. A questão do bullying, referida, está sendo tratada com as providências cabíveis, fato este que pode ser confirmado pela mãe, pois em nenhum momento deixamos de atender nossos alunos e famílias. Com relação aos meninos envolvidos, já falamos com a família, e o Conselho Tutelar já está conversando com as famílias.

 

Meta: E sobre “providências cabíveis”, quais seriam? Existe um procedimento padrão para as escolas em casos como este?

 

Secretária de Educação: O procedimento padrão é, em primeiro lugar, ouvir as famílias, a direção da escola, acompanhamento do Conselho Tutelar e envio de relatório ao Ministério Público.

 

Sendo assim, neste momento o Conselho Tutelar está conversando com as famílias dos colegas que estão fazendo bullying com o aluno.


Foto ilustrativa.
Foto ilustrativa.

A mãe informou que solicitou as imagens das câmeras da escola, para verificar o momento em que o filho foi despido, na quadra, durante intervalo das aulas. Mas segundo ela, não teve retorno e decidiu fazer um boletim de ocorrência na delegacia, pois estes colegas chegam perto da residência dela para afrontar o filho.

 

A diretora da Escola Ricardo Porto, Elisangela Pinheiro, conversou com a redação e explicou como tudo ocorreu e qual o posicionamento da escola.

 

-A escola desenvolve projetos relacionados ao tema em questão, em todas as turmas. Sempre que a família nos procurou ouvimos as partes, chamamos os responsáveis e encaminhamos para a psicóloga da escola, que desenvolve os projetos dando mais ênfase à turma, que também participa do PROERD. Muitas vezes, as questões não começam dentro da escola e sim nas ruas, e refletem aqui dentro. Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas juntamente com a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar. Sobre a cedência das imagens em questão, fomos orientados pelo jurídico da prefeitura que não poderíamos ceder pois iria expor outros menores.  Sempre estamos à disposição da comunidade escolar para qualquer esclarecimento. Inclusive na escola estava tudo tranquilo, porém o agravamento do fato aconteceu fora da escola, à noite e na rua enquanto brincavam, segundo relato da mãe. Disse a diretora.

 

O aluno está afastado da escola por solicitação do seu psicólogo por quinze dias, e a mãe informou que está procurando um imóvel fora do bairro para transferir ele desta escola no ano seguinte. Mas continua preocupada, pois o filho está triste e sequer tem tido vontade de brincar.

 

-Em uma cidade pequena isso tem que acabar. Mas o que realmente deveria ser feito é palestra de conscientização com todas as escolas, explicando condutas a todos os estudantes. Pois não acontece só com meu filho, outras crianças estão sofrendo com isso. Relata a mãe do aluno vítima de bullying. Comenta a mãe da vítima.

 

Especialistas recomendam as escolas que tenham uma abordagem preventiva de bullying, e acham importante envolver não só o caráter punitivo aos agressores, mas a conscientização, para que os jovens tenham valores morais, sobre diversidade, empatia e solidariedade.


Além disso, o especialista ressalta a importância de que a escola tenha um olhar voltado não apenas para as vítimas, mas também para os agressores, que são pessoas que também precisam de ajuda.


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