Educação – O crescente de casos de feminicídio no Brasil acendeu um alerta sobre a criação de meninos
- Meta Notícias
- 3 de dez.
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Peço atenção de mães, pais, responsáveis, educadores e sociedade em geral, pois só uma ação coletiva sobre nossas crianças pode garantir a segurança delas na vida adulta. E os casos aterradores e crescentes de episódios de violência doméstica e feminicídios contra meninas e mulheres não deve parar no susto, na indignação e nas publicações de rede social. É preciso ação, agora!
O Meta é um veículo de comunicação potente, e tem um homem e uma mulher que antes de jornalistas, que trabalham com comunicação, são pessoas sensíveis aos fatos e não naturalizam agressão e falta de movimentação para ajudar a dizimar com esta realidade cruel que tem levado tantas vidas.
Se uma, duas ou três pessoas que tem filhos, sobrinhos, primos se sentirem tocados pelos conteúdos que vamos levantar e começarem a conversar sobre o assunto já sentimos que nosso trabalho possa ter contribuído para uma movimentação pela segurança e conscientização de nossas meninas e meninos.

Uma pesquisa do Instituto PDH – Papo de Homem, através do projeto “Meninos: sonhando os homens do futuro, que entrevista e com resultados desenvolverá um documentário, com adolescentes entre 13 e 17 anos, no Brasil, Argentina e México, tem trazido dados importantes, que chamam atenção sobre a importância de educar meninos. Eles contam com a parceria do Pacto Global da ONU, entre outros.
Trazem a reflexão primordial sobre a referência que os meninos possam ter sobre masculinidade, e perguntam aos homens adultos sobre o que eles têm feito para ser uma referência positiva para os meninos; ou se sabem o que seria ser uma referência positiva.
E em cada 10 meninos, que já responderam essa pesquisa, confira alguns dados:
-6 em 10 meninos dizem ter pouca referência masculina com convivência no dia a dia.
-5 em 10 afirmam não ter certeza se são amados pelos pais.
-6 em 10 citam o pai como principal referência masculina.
E você, pai, pense agora se o seu filho ou filha tem presenciado momentos em que você presta cuidado a outras pessoas, limpa os ambientes ou objetos, se apresenta emocionalmente maduro para lidar com adversidade ou situações cotidianas, se expressa carinho ou afeto?
Só através do exemplo eles podem aprender como agir e reagir diante de situações do dia a dia, na vida.
Mas a pesquisa aponta ainda que 50% dos pais não tem rede de apoio, sequer para conversar e trocar experiência sobre a criação dos seus filhos.
E um dado muito importante, 80% das meninas apoio ações de apoio para meninos com temas como inteligência emocional, relações e capacidade para resolver problemas, que são questões de desenvolvimento.

A jornada é longa, mas plantar esta semente hoje pode garantir uma colheita de relações de respeito, e garantia de segurança a todos.
Peça ajuda para educar seus filhos com consciência, respeito, empatia, para que consigam ter relações mais sadias no futuro.
Temos visto movimentações e campanhas pontuais, com passeatas, cartazes, palestras, mas é pouco. Nem sempre a forma de comunicação atinge de forma positiva as crianças, adolescentes e jovens, sejam meninas ou meninos.
E este é um projeto que diz respeito a todos. Mesmo para quem não é ainda, ou escolheu não ser, pai ou mãe. Mas de forma indireta é irmão, tio, primo, amigo ou colega de trabalho de quem pode estar com dificuldades e dúvidas de como educar, ofereça ajuda.
Se cada um oferecer o que tem, já garante uma movimentação de colaboração coletiva e cuidados que fazem a diferença.




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