Fala Butiá – Alguns moradores da cidade contam sobre sua relação com Butiá

Este quadro é reservado a conteúdos de opinião pública, sobre temas que envolvem o dia a dia da comunidade butiaense.

Nesta semana a reportagem do Meta esteve conversando sobre o que os moradores achavam que sobrava e o que faltava para a cidade; há quanto tempo residem aqui, sobre a história com Butiá e se recomendam o local para outras pessoas.

O Antônio Carlos de Souza, de 74 anos, morador do bairro Medianeira, expressou sua opinião.

-O que sobra acho que não tem nada. No momento falta bastante coisa, emprego em primeiro lugar, as pessoas saem de madrugada para Porto Alegre para trabalhar lá, acho que se tivesse emprego aqui não era tanto assim. O resto vou ser bem sincero, é um lugar muito bom da gente morar aqui no Butiá, fazem 25 anos que moro aqui e eu gosto muito. Eu gosto muito do meu bairro e dos meus vizinhos. Incentivo, estou sempre dizendo um lugar muito bom de morar é Butiá, só o que nos falta mesmo é emprego, no momento que tiver emprego tem tudo, porque o povo daqui de Butiá é bom. Aqui não tem temporal, muito difícil dar temporal aqui em Butiá, é uma cidade santa. A gente morava para fora, minha esposa era professora e ela dava aula, se aposentou e eu disse para ela “olha nós temos que olhar nossos filhos, eles têm que estudar”, aí foi como a gente veio, eles estudaram e os três trabalham aqui.

A Izabel Martinez, de 50 anos, moradora do bairro Cidade Alta comentou sobre o seu ponto de vista.

-O que me veio na cabeça agora é que tem muita lancheria, mas falta padaria, uma de bairro. Mais a questão da saúde, falta mais exames, um hospital melhor equipado, mais preparado, com uma emergência atuante, não só atuante no sentido de tecnologia, mas que tenha mais profissionais preparados. Eu gosto da cidade, para ter paz sim, em termos, porque eu tenho consciência que eu moro no Centro da cidade e que é muito diferente das zonas mais afastadas, porque eu me sinto relativamente segura aqui. E eu moro aqui há 28 anos e na infância dos meus filhos eu conseguia sair para rua, praças e eventos, sem ter medo, me sentia entre família e hoje já não sinto mais. Eu vim para morar com a família, para perto dos familiares do meu esposo, e trouxe meus pais idosos junto. Saí de Porto Alegre em 1997, por me sentir insegura, pela violência e nisso acertei vindo para cá, pois criei meus filhos brincando na rua com os amigos. Mas hoje eu já não vejo mais essa possibilidade aqui em Butiá, não é mais assim, até por outras questões também, tem mais carros e antes a vida aqui era mais pacata.

O Adão Luiz da Rosa, de 68 anos, morador do bairro Vila Julieta, comentou sobre o que sobra na cidade que são o número grande de veículos, e o que falta seria o trabalho.

-Eu moro há 68 anos no Butiá. Gosto daqui, é uma cidade boa de morar, só o único problema é a falta de emprego, nasci aqui mesmo.

O Alcemar B., de 68 anos, morador no bairro Centro, fez o seu relato.

-O que sobra acho muito pouco, o que tem bastante é falta de emprego. Tem muita gente que está correndo atrás, falta emprego. Gosto daqui, fazem 68 anos que moro aqui e tanto recomendaria, como eu tenho caminhão de frete, eu acho que é uma das empresas que mais traz gente para dentro do Butiá. E amanhã mesmo vou buscar uma doutora, que está vindo morar em Butiá, eu nasci e me criei aqui.

A Diucia Fonseca, de 65 anos, moradora do bairro Medianeira, expôs a sua opinião.

-O que sobra é loja, e o que falta é uma pracinha boa para criança. Eu gosto daqui, e recomendaria, é uma cidade mais calma. O ruim é trabalho, para quem tem filho e neta jovem. A hora que tiver trabalho para os jovens está tudo certo.

Conhecer a história das pessoas com relação a escolha da cidade em que habitam, e porque motivo continuam aqui com suas famílias, faz com que se identifique os pontos fortes e os fracos desta comunidade. E refletir sobre isso, faz com que através da troca de opiniões possam surgir maneiras simples de encontrar soluções para as necessidades, para que todos possam ouvir notícias positivas de Butiá.