Foi preso preventivamente, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

Neste sábado (22), em Brasília, em torno de 6h os veículos de comunicação começaram a noticiar a prisão preventiva, de Jair Bolsonaro, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, executado pela Polícia Federal.

Segundo informações preliminares, ainda não se trata do cumprimento de pena, mas de uma medida cautelar.

Relembrando que Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado, em 2022 após derrota na eleição presidencial, o que ocasionou a depredação das sedes dos Três Poderes (8/1/23). Até este momento estava em prisão domiciliar e foi preso preventivamente para garantir a ordem pública.

A reação de Bolsonaro foi de tranquilidade e a ex-primeira-dama Michelle, não estava em casa no momento da detenção. Às 6h35 o comboio que transportou o ex-presidente, chegou a sede da Polícia Federal, após os trâmites, ele foi levado para Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, e vai ficar numa “Sala de Estado”, que é um espalho reservado para autoridades, como presidentes da República.

Segundo o Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, a determinação desta prisão foi em consequência de uma vigília em frente a casa dele, na sexta-feira (21), convocada pelo filho Flávio Bolsonaro, na véspera do início do cumprimento da pena por tentativa de golpe.

O risco de fuga, foi apresentada para tomada desta decisão, já que segundo Moraes, a convocação da vigília “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar”.

E a conduta apresentada representava a repetição do “modus operandi”, ou seja, a maneira que um indivíduo ou organização desenvolve suas operações, para usar manifestações obtendo “vantagens pessoais” e causando tumulto, conforme citou Moraes.

-Rememoro que o réu, conforme apurado nestes autos, planejou, durante a investigação que posteriormente resultou na sua condenação, a fuga para a embaixada da Argentina, por meio de solicitação de asilo político. Escreveu Moraes.

Na sexta-feira (21), a defesa do Bolsonaro havia solicitado ao ministro do STF a concessão de prisão domiciliar humanitária, mas ainda não saiu a sentença. Os advogados dele argumentam que tem doenças permanentes, e que por este motivo deveria continuar em prisão domiciliar, que é cumprida preventivamente, desde 4 de agosto.

Chegou a Superintendência da PF, por volta das 6h30, e deverá ainda participar de uma audiência de custódia.

Fontes: Isto é, Folha de São Paulo, G1, Metrópoles.