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Geral - Responsáveis pela educação de crianças, admitem ainda utilizar punição física

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Os dados são da pesquisa realizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, com o Datafolha, que entrevistou 2.206 pessoas, destas 822 responsáveis por crianças até 6 anos de idade, em abril de 2025.


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O resultado trouxe que os atos punitivos como palmadas, beliscões ou apertos justificados de serem utilizados para disciplinar ainda são utilizados por 17% dos entrevistados, e 13% admitiram usar com frequência destes atos.


O impacto do uso da violência, sobre o emocional, cognitivo e social gera traumas silenciosos, em muitos casos sem reparação, na vida destas crianças. Os dados demonstraram que 58% colocam a criança de castigo, 43% gritam ou brigam como forma de disciplina, mas 29% punem de forma física inclusive crianças de até 3 anos.


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A Lei Menino Bernardo (13.010/2014) proíbe estas práticas e está em vigor há mais de dez anos, e prevê advertência e encaminhamento dos responsáveis para cursos de orientação de condução de estratégias não violentas, para educação das crianças.


Ou seja, punições físicas, mesmo sendo proibidas ainda são consideradas comuns no Brasil.

Também foi demonstrado o desconhecimento das pessoas sobre a importância do desenvolvimento nos anos iniciais das crianças, de zero a seis anos.


Pois 84% não considera os anos iniciais como sendo fundamentais para o desenvolvimento humano; 47% acreditam que o maior pico de desenvolvimento físico, emocional e de aprendizagem ocorre na idade adulta (a partir dos 18 anos); 25% acreditam que seja na adolescência (entre 12 e 17 anos); e 15% citaram a primeira infância (entre 0 e 6 anos).


É na primeira infância que o ser humano mais se desenvolve e de forma mais rápida, até os seis anos o cérebro realiza 90% das conexões e são formadas as bases do desenvolvimento cognitivo, físico e sócio emocional.


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Os cuidadores de crianças consideram mais importante na criação de bebês e crianças pequenas:


-Amor: 43%

- Carinho (33%)

–Frequentar creche e pré-escola: 14%


E entre as práticas que mais contribuem para o desenvolvimento infantil, aparece com 96% o respeito aos mais velhos, 81% frequentar creche e pré-escola e 63% deixar a criança livre para brincar.


Outro fator é o tempo de tela e os principais efeitos percebidos, entre crianças de 0 a 6 anos, o uso das telas passa de 2 a 3 horas por dia, 78% das crianças até 3 anos e, 94% das de 4 a 6 anos, tem esse tipo de exposição diária. Falando dos efeitos negativos, 56% acreditam que o uso de telas prejudica a saúde, 42% falaram que limita a socialização das crianças.


A recomendação do uso de telas para maiores de dois anos é de uma hora de uso, e antes disso não é recomendado, pela Sociedade Brasileira de Pediatria.


Nesta entrevista a margem de erro é de 2 pontos percentuais para amostra geral, e 3 para responsáveis por crianças. No total, 2.206 entrevistas realizadas (amostra nacional), sendo que 31% são responsáveis pelo cuidado de bebês e crianças de até 6 anos.


Fonte: DataFolha e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.


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