História do Meta - As Tantas Artes do Gilvan Leão
- Meta Notícias
- 23 de set.
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As histórias das pessoas, para mim começam pelo convívio da família e laços com os pais, pois geralmente, as habilidades dos filhos vem do exemplo do vínculo familiar.
E não foi surpresa conhecer como tudo iniciou na vida deste talento das artes, o Gilvan Borges Cunha, que alguns conhecem pela atuação como tatuador, outros como desenhista, dançarino, capoeirista, DJ, músico, enfim.
O Gilvan, tem 48 anos, é natural de Butiá da Vila Charrua, e seu pai foi mineiro, se chamava Carlos Moreira Borges da Cunha; e sua mãe era dona de casa, mas também adorava desenhar, foi quem sempre incentivou ele a desenhar, se chamava María Eduvierges Borges Cunha.
-Eu ficava admirando os desenhos da minha mãe, aos 7 anos, ela foi a minha maior incentivadora. Comenta, Gilvan.
Ele tem três irmãos, a Carla, o Gilmar e a Cássia. E entre as lembranças que ficaram deste convívio em família, era que tinham uma vida simples, humilde, mas com o necessário, onde nunca faltou nada, e os destaques foram as festas de aniversário e o Natal.
-Uma lembrança linda são os aniversários, com muita fartura. Por que eu, a Carla e o Gilmar nascemos na mesma semana, dentro do mês de agosto, então comemoramos sempre juntos. Era um bolo enorme, de três cores e com três velas. E o Natal era no sítio dos nossos tios, com direito sempre ao Papai Noel e uma lembrancinha para cada um.
Gilvan conta que estudou em uma escola de Minas do Leão, e outras em Butiá.
-Estudei no José Blaha, Nicácio Machado, Marechal Rondon aqui em Butiá, e no Horta Barbosa, em Minas do Leão. E todos os professores me incentivavam a desenhar.
E o artista butiaense é pai de três filhos, a Giovanna, Lavinia e o Kaio. E conta como iniciou no mundo artístico.
-Comecei, profissionalmente, pintando placas de identificação, fachadas e faixas. Hoje posso falar que consegui passar por quase todos os estilos de arte começando com lápis, lápis de cor, canetinhas, pincéis, aerógrafo, pistolas, telas, máquina de atuar e hoje estou explorando a lata do grafite.
O artista é conhecido pelo traço firme para retratar amigos e personalidades, consolidando a sua habilidade em passar para o traço do lápis o que capta de cada pessoa.
Conforme fui fazendo os questionamentos na entrevista, o Gilvan se dá conta de todas as coisas que já realizou, e comentou.
-Agora me dei conta de tudo o que já vivi ligado a arte, e do esforço que é desbravar todos os estilos e graças a minha persistência e ao mano Criador, eu consegui me destacar. E como não vamos estar aqui para sempre, enxerguei a importância deste registro para categoria dos artistas e para quem quer ser, entender que não é fácil, mas é possível.

E entre a diversidade de talentos, teve a dança, que ele se aventurou no break. E daí foi para Capoeira, com Mestre Tucano, onde se formou como instrutor (corda roxa), através do senhor Luiz, que era vizinho dele e foi quem o convidou para fazer capoeira.
No universo musical, ele começou como DJ no clube “Elefante Branco” e no “Chicos Dancing Bar”, depois observou o pagode de vários amigos entre eles o Mestre Jorge Soares, mas para formar banda o estilo foi outro. Iniciando em uma banda de death metal (Muamba e Volnei e Banda), após com o Jefferson e Davi na banda Cabra Cega. E atualmente é vocalista e guitarrista, da banda Vó Maria.
O Gilvan se autodenomina como sendo “fruta de uma geração pós ditadura militar com muito preconceito racial e social onde você tinha que batalhar para continuar, não interessava como, e isso me fez ser autodidata e explorar todos esses níveis de arte”.
E deixa um recado de estímulo aos jovens de hoje e aos que ainda virão.
-Não desista do que tem vontade de fazer, não será da noite para o dia, mas com persistência, somos capazes de fazer qualquer coisa.
Certamente, esta história foi construída de forma bem resumida, mas todas as experiências artísticas do Gilvan, podem virar uma obra para um registro em livro para que conheçam um dos talentos de Butiá.
E ele deixa um agradecimento as pessoas que sempre estiveram apoiando, fazendo a diferença na vida dele.
-Que minha mãe e meu pai, meus amigos que já se foram, todos que torcem por mim, meus filhos e a mãe deles, a Melissa Kalata, que sempre esteve do meu lado, vejam o quanto foi importante o que vocês fizeram por mim. Ninguém consegue sozinho!




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