I Encontro das “Mães que Lutam” – com a palestra do Psicólogo, sobre autocuidado
- Meta Notícias
- 4 de set.
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O Psicólogo, Deivith Camargo, está sentado no primeiro lugar a direita, e veste camisa amarela.
O psicólogo Deivith Camargo, agradeceu o convite para participar e declarou que mesmo estando vereador, iria falar como profissional da psicologia, mas ciente da importância por políticas públicas efetivas na cidade.
- Me incomoda muito quando eu ouço que existem muitas crianças no "limbo", com relação aos atendimentos, que não estão dentro do diagnóstico de autismo, onde temos o TeaColhe que também não tem atendido a demanda da forma como deve; mas temos inúmeras outras crianças com outros diagnósticos que não tem nenhum equipamento de referência para atendimento. Fora os postos que não contam com psicólogos.
O tema sobre o qual o psicólogo falou foi autocuidado, e justificou o motivo da escolha do assunto.
- O que eu acompanhei atuando como psicólogo no município, é que as mães que buscavam no atendimento, se negligenciavam ou renunciavam, porque a maternidade ela tem essa característica de renúncia. E se a maternidade de crianças típicas ela pede essa renúncia, a maternidade de crianças atípicas pede muito mais. Em sete anos de atuação, posso contar nos dedos das mãos uma ocasião em que o pai tenha ido buscar os filhos.
E por esta razão ele justifica o cansaço das mães, pois são sempre elas que atendem, agendam consultas, lutam pelos direitos, vão na escola conversar com professor, e acabam ficando sobrecarregadas.
Sobre as expectativas naturais de uma gestação, ele explicou como funcionam os processos.
-Durante a gestação a expectativa é que ocorra tudo bem. E se espera das mães que o filho nasça “perfeito”, e quando precisa lidar com a ideia de um diagnóstico como autismo, síndrome de down, entre outros, se tem um processo de elaboração de luto, que não acontece apenas quando se perde alguém, mas quando se perde a expectativa criada.
Ele destacou as fases de luto, que as mães atípicas passam, como a negação que pode ser exemplificada quando se procuram vários neurologistas, por exemplo, na esperança de ouvir outra opinião, diferente do diagnóstico. Depois vem a raiva, a tristeza, a depressão e todas as indagações sobre como vai ser o processo.
- Algumas mães podem apresentar sintomas depressivos, ou mesmo se aprofundar numa depressão, apresentando tristeza, episódios de choro, insônia, não se alimentar bem, e isso pode ir avançando, podendo chegar a pensamentos de morte.
O psicólogo falou sobre a importância das mães estarem atentas a estes sintomas, para quando for necessário buscarem ajuda, por isso a importância da rede de apoio, que são as pessoas com quem eu posso contar.
- o básico com respeito ao autocuidado é tomar um banho, escovar os dentes, ir ao banheiro são estas questões que envolvem o dia a dia das mães atípicas. E só quem vive isso é que pode entender, e por isso me coloco à disposição para ajudar vocês.




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