Jogos – Como o vício em apostas impacta na saúde mental e no sistema previdenciário
- Meta Notícias
- 11 de jul.
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O aumento de auxílios por incapacidade temporária pelo INSS, aumentou em até 2.300% entre junho de 2023 a abril de 2025, devido a um transtorno patológico pela compulsão em apostas, chamado Ludopatia.
Conforme os dados, em sua maioria se trata de homens entre 18 e 39 anos, que estão ativos no mercado de trabalho, e 7% dos segurados afastados por esse transtorno, possuem filhos. E o Ministério da Previdência Social registrou 402 concessões de benefícios por incapacidade temporária, devido a jogos, em 2024.
Com a Ludopatia as pessoas perdem o controle sobre o ato de apostar, mesmo diante de prejuízos financeiros, sociais e profissionais.
Além do impacto na previdência e na saúde mental das pessoas, a Ludopatia tem sido tema de disputas judiciais. Como exemplo dá para citar o exemplo de um ex-gerente bancário que conseguiu prorrogar judicialmente o recebimento do auxílio-doença após o fim do prazo concedido administrativamente, e também o caso de um servidor público que desviou R$ 1,5 milhão para apostas e obteve afastamento por incapacidade e move ainda ação judicial contra o Estado.
Especialistas destacam a importância de integrar as áreas da saúde, assistência social, trabalho e previdência para lidar com esse novo perfil de incapacidade.
Mas este vício por apostas tem causado a destruição de muitas famílias, e com a nova regulamentação aprovada em 2023, o número de pessoas afetadas só aumentou.
A ilusão do dinheiro fácil, que atrai as pessoas que passam horas jogando, conforme um psiquiatra, afeta o funcionamento do cérebro da mesma forma que o vício de drogas e álcool. Inclusive, a OMS – Organização Mundial de Saúde, classifica o vício em apostas como transtorno grave.
Um levantamento da CNC – Confederação Nacional do Comércio estimou que em 2024, o setor do varejo perdeu R$ 109 milhões devido às apostas.
Alguns casos mais graves, já necessitaram internação. O tratamento das pessoas viciadas em jogos não é simples, conta com medicamentos, psicoterapia conduzida por psicólogos e psiquiatras.
Fonte: BBC, G1, Senado.




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