Saiu no Jornal - Editorial: A dor de cada um
- Meta Notícias
- 28 de nov.
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Não tem escapatória para quem vive com a desigualdade, preconceito, racismo e opressão. Pense nisso! Mas acima disso, tente sentir.
Muitas vezes por desconhecimento, ignorância, mas tantas outras por falta de empatia, acabam causando muita dor, o que faz com que haja revolta e protestos. E não cabe a ninguém invalidar o sofrimento alheio.
Vamos pensar fora dos limites do nosso “umbigo”, e da “bolha” que vivemos e tentar sentir e observar primeiro, sem julgamentos de certo ou errado, mas prestando atenção mesmo no impacto.
O que virou uma polêmica sem sentido para uns, para outros virou uma luta desesperada para demonstrar a importância do feriado, do dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.
Em Butiá a movimentação de funcionários da saúde (não todos) solicitando trabalhar na quinta-feira, dia do feriado, e “folgar” na sexta-feira, foi acatado pela secretaria municipal de saúde, para benefício dos trabalhadores das unidades de saúde. Os funcionários queriam o conforto de 3 dias de descanso consecutivos, e possivelmente, tinham planos. O secretário pensou em atender um pedido, sem segundas avaliações sobre o propósito do feriado.
E o Movimento Negro, sentiu que estavam invalidando a luta do seu povo. Sentiu mais uma vez a dor. E procurou no Ministério Público uma forma de ter o feriado da Consciência Negra, que foi validado recentemente, respeitado.
A decisão judicial obrigou o Município a respeitar o feriado Nacional no dia 20 de novembro. Mas do que estamos falando aqui? Falta de comunicação? falta de empatia? ignorância? interesses?
Tomara que todos tenham aprendido com isso uma lição. Buscar conhecimento sobre o propósito das lutas, mesmo que não seja a sua bandeira, mas respeitando e não invalidando a história de luta ancestral do povo negro, neste caso, é um dever de cidadania. Mas acima de tudo, de humanidade.
Outro ponto. O funcionário pensou nos seus dias de folga e descanso, todos estão exaustos é final de ano, e profissionais que lidam com dor física e mental, diariamente, tem esse direito, sim.
O Movimento Negro viu escorrer entre os dedos toda a luta pelo reconhecimento, reflexão sobre as dores que impulsionaram a batalha por liberdade, igualdade e respeito dos seus ancestrais, Tiveram direito, sim!
Não é necessário você escolher um lado, até porque não devia haver combate. Não façam da divergência de opinião um entrave para o respeito e a empatia. Não disfarcem o equívoco, virando o contexto com dramatização de oportunismo. Todos merecem respeito! Avante!
( Por Tanise Mattos/ Jornalista.)




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