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Butiá - Grupo Mães que Lutam continuam na batalha por atendimento

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A redação do Meta recebeu três integrantes do grupo Mães que se Ajudam, criado em março de 2025, aqui em Butiá.


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É um movimento de mães que lutam pelos filhos que tem outras deficiências como Dislexia, e TDHA, Déficit de atenção, Paralisia cerebral, Síndrome de down, AMC -Artrogripose múltipla congênita, Microcefalia, TOD (Transtorno opositivo desafiador) e Deficiência intelectual, que estão pedindo socorro pois os filhos necessitam de atendimento

 

A Scheila Nunes Medina, é a mãe que foi responsável pela criação do grupo, quando percebeu mais pessoas precisando de ajuda e sem sucesso.

 

-A minha filha, que tem dislexia e TDHA, ela estava em atendimento por aproximadamente um ano no CMEI, mas este ano parou tudo, diz que não tem profissional” e assim como minha filha conseguiu atendimento, tem muitas mães na fila com os filhos e nunca conseguiram nada. E ali é só investigação e após ela iria ganhar alta e não ia contar com atendimento. Contei com o apoio de uma escola de Butiá, e em posse de alguns contatos foi que começamos a nos movimentar. Só neste ano já levamos mais de três ofícios na Câmara de Vereadores, e até agora nada, só promessas.

 

O grupo que já contou com mais pessoas, hoje tem vinte mães. Mas segundo elas este número deve aumentar quando houver local e profissionais para atender.

 

A Neli Fernandes, conta que a filha tem Síndrome de Down, e que está há seis anos sem atendimento, mas que ela não vai desistir de lutar.

 

- O último atendimento da minha filha, que tem síndrome de Down, foi na APAE, há seis anos atrás, com a fonoaudióloga, e após alta, desde então não consegui mais nada, ela está sem atendimento. Eu ia no CMEI, faziam a entrevista e não tinha profissional para atender ela. Eu ia na secretaria de educação, e o colégio me exigindo, porque ela precisa aprender a falar para aprender a ler e a escrever. Minha filha está com oito anos, e a escola me apontou e disse que preciso me mexer, então há um mês atrás me bateu o desespero. Para nós não tem inclusão, é só no papel. Agora estou juntando os papéis para entrar judicialmente, por que eu não tenho mais onde pedir socorro. Dou a vida pela minha filha, e o meu cansaço é visível, mas eu vou continuar porque ela precisa aprender a ler, senão ela vai parar no tempo.

 

 A Marlene Soares Abreu, tem uma filha que tem PC – Paralisia Cerebral, ao nascer, por erro médico.

 

- Ela foi atendida na AACD, por bastante tempo, aqui entramos pela APAE, desde 2015 a gente fazia todas as terapias ali, tinha fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicóloga e hoje não temos nenhuma terapia ali. Hoje na APAE, só tem psicóloga. Então faz um ano que ela não faz fono, nem fisio, só a sala de recurso da escola e conta com a psicóloga da APAE, porque está com 14 anos, quase quinze, e tem que acompanhar pela questão da exclusão do convívio na escola. Queremos um local que tenham as terapias para eles, pois ela sendo paralisia o risco de atrofiar é muito grande, porque ela caminhou mais tarde, ela fala pouco, o pessoal de casa é quem mais entende mesmo o que é dito, ela estuda no Alcides Conter, uma escola regular e ali foi bom para ela. Mas já tive que tirar de outra escola do Município pois não estava sendo bom, não estava sendo estimulada.

 

Essas mães informaram que no Teacolhe não há atendimento para os filhos delas, pois nem as crianças com autismo, que estão aguardando na fila, estão conseguindo atendimento.

 

-Tivemos uma reunião com o secretário municipal de saúde, que informou que os atendimentos para os nossos filhos não autistas, no TEAcolhe, seriam nos sábados, que deixassem os nomes com a secretária que já estariam chamando, com previsão de início dos atendimentos para 30 dias. Mas a responsável pelo atendimento ali, informou que seria difícil conseguirem profissionais que atendessem no sábado.

 

Elas enfatizaram bem que o grupo foi criado para lutarem pelos filhos, por isso não tem posicionamento político partidário, mas sim defesa por políticas públicas.

 


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