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Saúde – O preço de não priorizar cuidados com saúde mental, no Brasil

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Não é somente porque o valor do investimento em terapia, não é acessível para todos, mas a decisão de que saúde mental é extra, tem causado sérios danos aos brasileiros.


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O país ocupa o 4º lugar no ranking mundial de estresse, com 42% da população relatando sentir-se frequentemente estressada. Além disso, 54% dos brasileiros consideram a saúde mental o maior problema de saúde do país, segundo relatório da Ipsos de 2024.

 

O Brasil registrou em 2024, mais de 472 mil afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais e comportamentais, representando um aumento de 134% em relação a 2022. Os principais motivos foram transtornos de ansiedade (27,4%), episódios depressivos (25,1%) e reações ao estresse (28,6%), segundo dados da ONU.


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Mas quando não tem mais como suportar, acabam correndo para o atendimento e o resultado disso tem sido, gente dopada de medicação, produtividade em queda e uma geração exausta que já acha que viver cansado é o normal.

 

E os dados comprovam isso, já que 26,6% dos brasileiros tem diagnóstico de ansiedade e deste apenas 5% fazem terapia com frequência. O problema é estrutural e de falta de sistema.

 

Resultado, quem mais precisa, com um salário de R$ 1.518,00 para pagar custo de R$ 130 a R$ 300 por consulta, desiste. E quem pode fazer, encara como “luxo de auto- cuidado”. E fica todo mundo doente.

 

E o SUS tem profissionais excelentes, o problema é o tempo de espera, não dá conta da demanda. E este problema custa caro para o país, o descaso com uma pessoa aguardando dois anos na fila, aumentam os dados dos suicídios, violência doméstica, uso de drogas e álcool.

 

Parece que subsidiar a medicação, é mais fácil do que focar na causa. E os dados mais uma vez demonstram que 16% dos brasileiros utilizam medicação psiquiátrica, e destes apenas 5% fazem terapia. O sintoma é tratado, e a causa é reprimida, contida.


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O cuidado com a mente tem pesos sociais diferentes. Tem o estigma, “cuidar da mente é frescura”, então a solução é engolir o sofrimento, maquiar a dor e ir protelando.

 

O Brasil ainda vê a saúde mental como gasto, não como investimento. E o que parece ser econômico, é má gestão pública.

 

Se o foco fosse a prevenção, que é primordial, existiriam menos quadros avançados da doença. As indicações são cuidados simples como dormir bem, praticar atividade física, manter uma boa alimentação, reservar momentos de descanso e lazer. Mas quando precisar de ajuda, buscar atendimento e ser atendido prontamente, seria o ideal.

 

Fonte: G1, Correio Braziliense.


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