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Segurança – Opinião de algumas pessoas de Butiá, sobre violência contra mulheres



Com os últimos dados que demonstram a incidência de 10 casos subsequentes de feminicídio, nos últimos dias, no Estado o assunto ganha ainda mais relevância. E cumprindo o compromisso de informar e cunho social, a reportagem do Meta esteve conversando com algumas mulheres pelas ruas da cidade, para conhecer a opinião delas sobre o tema, se conhecem alguma história de violência.



META: Qual a sua opinião sobre a violência contra a mulher? Já soube de algum caso, com pessoa conhecida, em que uma mulher era maltratada por um homem? Se você vê uma cena em que um homem é agressivo com uma mulher o que faz?

 

A Laura de Castro Silva, de 29 anos, moradora do bairro Cidade alta, que atua na área do direito, disse que a legislação apresentou evoluções, mas que é um processo e tem muito o que se fazer ainda para proteger as mulheres, o que segundo ela vá além da punição, mas tratar de ações de prevenção também são importantes. Sobre conhecer algum caso de violência contra mulheres, ela disse que sim, “amigas, pessoas a minha volta que houve algum tipo de abuso, e aqui não falo só de violência física, falo de violência psicológica, ofensas, isso tudo também pode ser compreendido como uma violência contra mulher.  E no momento que nota que um homem está sendo agressivo com uma mulher ela disse que tenta tirar a pessoa daquela situação e ambiente, chama autoridades ou serviço de emergência, primeiro acolhe a vítima, sem atacar o agressor.

 

 

A Márcia Fontes Santana, de 45 anos, moradora do bairro Medianeira, disse que acha horrível a situação, a pior possível. Conta que ela mesma sofreu agressão.

-Eu me separei e aí vim para Butiá, eu sou da Bahia, vim para ficar o mais longe e segura. E em caso de visualizar uma situação de agressão ela diz que se for em público, tenta pedir ajuda as pessoas para conseguir defender a vítima, e chamar a polícia.

 

A Lucimara Correa, de 54 anos, moradora do bairro Vila Julieta, acha complicado falar no assunto, apesar de achar errado, não sabia o que dizer. Contou que conhece vários casos de agressões sofrida por mulheres, e quando nota uma cena de violência, procura denunciar.

 

A Yasmin Souza, de 23 anos, moradora do bairro Centro, comenta que há um crescimento nos casos, há muitas ações para combater e evitar. Ela disse que conhece casos, pois “sempre tem conhecidos próximos e amigos de amigos que conhecem, infelizmente é uma coisa bem comum que acontece. E no caso de notar uma cena de agressão, ela diz que iria intervir.

 

A Josiane Diniz, de 34 anos, moradora da Vila Julieta, diz que acha um absurdo e cada vez fica pior. Falou que conhece um caso, que era frequente as agressões. E comenta como agiria ao visualizar uma cena de agressão contra uma mulher.

-Depende da situação, porque eu já presenciei cenas em que a mulher apanhou num dia e no outro dia estava com o marido de novo. Mas se eu sei que a pessoa que é conhecida, que não vai voltar com o parceiro, aí eu me meto, senão eu não me meto.

 

A Renata Kaczinski Luiz, de 36 anos, moradora do bairro Regilnei, diz que o pessoal não leva a sério, é um assunto delicado e que acontece bastante.

- Acontece bastante, e o preconceito de homem contra mulher também, a gente acha que não vai acontecer mas existe muito. Ela declarou que conhece um caso, que acompanhou e era frequente, mas que hoje a pessoa não está mais naquele relacionamento. Em uma situação em que note uma agressão, ela disse que “no impulso eu acho que até me meto na situação, porque ligar, denunciar, não sei se eu faria. Mas talvez até me metesse na situação para tentar ajudar.

 

A Pamela Silva Almeida, de 32 anos, moradora do bairro São José, disse que é horrível, mas acredita que a mulher precisa denunciar e procurar se antecipar, antes que aconteça o pior.

Declarou que não, só por reportagem de televisão, internet. Mas caso presencie algum caso de agressão ela relatou como faria. Eu não me meto, porque a gente não sabe o que está acontecendo, mas se for algo que vai causar algum dano bem maior, aí sim.

 

A Jenifer da Silva, de 34 anos, moradora do bairro Vila Mota, declarou que embora seja difícil de falar, é necessário. Ainda mais porque geralmente os agressores ficam impunes. Ela já acompanhou casos de mulheres que eram agredidas. E sobre ter presenciado uma situação dessas declarou que “graças a Deus nunca reportei isso mas eu acho que eu reagiria, acho que eu até atacaria, eu não acho nada certo, nem um pouco.”

 

Estrutura que oferece ações de segurança as mulheres no Estado:


-DEAMs, que é a delegacia especializada de atendimento a mulher, contamos com 24.

-Sala das Margaridas, que são ambientes reservados dentro de delegacias para garantir acolhimento às vítimas. Dispomos de 86, e Butiá conta com uma.

-Patrulha Maria da Penha da BM, que acompanha mulheres protegidas por Medida Protetiva de Urgência (MPU), atuando em 114 municípios.

Na capital, ainda existe o CRM VAM – Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado, onde é oferecido acolhimento psicossocial e encaminhamentos a Rede de Proteção à Mulher, como ponto de apoio para vítimas de violência.


 

 

 



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