Saúde – Corantes coloridos utilizado em alimentos, até mesmo infantil, são banidos dos EUA, e continuam circulando no Brasil
- Meta Notícias
- há 21 horas
- 3 min de leitura

Nesta semana, a decisão da FDA - Food and Drug Administration (Administração de Alimentos e Medicamentos americana), de banir 8 corantes artificiais derivados de petróleo, confirmou que eles provocam distúrbios, inflamações e vários diagnósticos prejudiciais inclusive ao cérebro infantil. E que nos EUA estarão saindo de circulação até o final de 2026, mas no Brasil ainda não.
Em janeiro deste ano a Anvisa, aqui no Brasil, mencionou que iria estudar as referências da proibição do corante vermelho (eritrosina), usados em alimentos, exceto nas “cerejas marrasquino”conhecidas aqui, em países como Europa, Austrália e Nova Zelândia. Este corante está presente em doces, bolos, cupcakes, biscoitos, sobremesas congeladas, glacês e coberturas, além de medicamentos ingeridos, como xaropes para tosse.

Nesta época a Anvisa disse que “no Brasil, a eritrosina pode ser usada em algumas categorias de alimentos e medicamentos e há estudos demonstrando a ocorrência de câncer em ratos machos expostos a altos níveis do corante, por um mecanismo hormonal específico dos ratos. Estudos realizados em humanos e outros animais não demonstraram tais efeitos”.
Os corantes são encontrados em milhares de produtos alimentícios como doces, cereais, molhos e bebidas. Alguns estudos vinculam esses aditivos com a hiperatividade, a diabetes e o câncer.

Foi na década de 70 que a indústria petroquímica utilizou os seus resíduos para tingir alimentos infantis, com petróleo. O chamado Vermelho 3, Azul 1 e Amarelo 5.
O que estava no prato das crianças pode ter auxiliado nos diagnósticos de: TDAH, Obesidade precoce, Distúrbio do sono, Inflamação cerebral e Reações alérgicas severas. Há casos de TDAH, que melhoram quando ingerem comida de verdade.
Embora já houvesse evidências de tumores em animais, alterações no sistema nervoso central e danos cognitivos em crianças, os corantes eram ditos seguros. Então aquelas crianças ditas “difíceis”, pode estar intoxicadas com alimentos que contem estes corantes.

- O Comissário da FDA, Dr. Marty Makary, fez referência a um estudo publicado em 2007 na renomada revista médica europeia The Lancet, que estabeleceu uma conexão entre corantes alimentares e hiperatividade. Outras pesquisas, como uma revisão publicada em 2012, vincularam o corante vermelho 40 a múltiplos tipos de câncer, enquanto testes da FDA realizados no início da década de 1990 concluíram que alguns lotes dos corantes amarelo 5 e amarelo 6 foram contaminados com carcinógenos como a benzidina.
No início de 2025, a Virgínia Ocidental tornou-se o primeiro estado a proibir a maioria dos corantes alimentares sintéticos, citando riscos à saúde neurodegenerativa das crianças. Mais de 24 outros estados estão considerando legislação semelhante.

- Comentários em fóruns de discussão destacam a dificuldade que empresas como a Mars enfrentaram ao tentar criar M&Ms azuis usando corantes naturais.
No Brasil estes corantes que estão sendo tirados da indústria americana, estão presentes nos seguintes alimentos:
A Anvisa permite o uso de 11 corantes artificiais em alimentos e bebidas, conforme Resolução RDC n. 4 de 15 de janeiro de 2007. São eles: Vermelho 40, Eritrosina, amaranto, Ponceau 4R, Amarelho crepúsculo, amarelo tartrazina, azul indigotina, azul brilhante, azorrubina, verde rápido e azul patente V.

E podem ser encontrados em: Doces como balas, pirulitos, jujubas, bolos, cupcakes, biscoitos, sobremesas congeladas, coberturas e glacês; Cereais; Molhos de salada e outros; Bebidas como refrigerantes, sucos e a base de frutas; assim como salsichas, algodão doce e até em “carnes” veganas.
Apesar do corante vermelho 40, ser um aditivo alimentar que deve ser evitado conforma a FDA, o Brasil utiliza dele em refrigerantes, doces e sorvetes, sem grandes restrições.
Fonte: O Globo, Correio do Povo, Correio Braziliense, O Estadão
Comments